quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Diário e Fotos : Santa Cruz de La Sierra
















O Parque ARENAL é um belo espaço verde no coração de Santa Cruz de La Sierra. É um lugar para se proteger do sol , tomar um "helado" , levar os filhos para brincar , namorar.
Tem um grande lago , servido de pontes (que na ocasião da minha visita estavam interditadas para obras) o que não impede a grande frequencia de visitantes durante todo o dia.















Santa Cruz de La Sierra é uma importante cidade da Bolívia. Localiza-se no centro do país, nas margens do Rio Piraí. A cidade, comumente conhecida simplesmente como Santa Cruz, é a cidade mais importante do Departamento de Santa Cruz. É a maior e mais populosa cidade da Bolívia. Também é considerada o motor econômico do país. Foi fundada em 1561.


O Estádio Ramón Tahuichi Aguilera é um estádio localizado na cidade de Santa Cruz de La Sierra. É o segundo maior estádio da Bolívia, atrás apenas do Estádio Hernando Siles , em La Paz.


A cidade de Santa Cruz de La Sierra foi fundade em 1561 por Nuflo de Chavez , que nomeou o novo povoado em homenagem à Santa Cruz de La Sierra , sua cidade natal da Estramadura , Espanha O estabelecimento original era na realidade a 220 km ao Leste de sua localização atual, apenas a poucos quilômetros ao Sul da atual San Jose de Chiquitos. Após conflitos com nativos, a cidade foi mudada para a sua posição atual nas margens do Rio Piraí de 1592.
Abaixo , foto de um prédio da Justiça.

Abaixo foto da estátua Cristo no centro da cidade.




A cidade é repleta de microonibus , não existem ônibus grandes como no Brasil , exceto para viagem longas , de turismo. Custam entre 1,30 e 1,50 Bs , algo em torno de de RS 0,40 ou 0,50.



Interior da Catedral da Santa Cruz de La Sierra ... linda , em parede pintada de branco e detalhes em madeira. Na foto de baixo , a fachada de Catedral , voltada para a Praça 24 de Fevereiro.




Santa Cruz de La Sierra , 12 de janeiro de 2010. Quinta.

Cheguei à Bolívia , no Aeroporto Internacional de VIRU-VIRU , em Santa Cruz de La Sierra , às 00:20hs do dia 12/01/2012. Pretendia passar a noite do aeroporto até que amanhecesse. A passagem custou R$ 829, 23 de ida e volta , pela Companhia GOL. Não posso esquecer que ao deixar a Bolívia , pelo aeroporto , deverei pagar o equivalente a USD 25 ,00 pelo uso do mesmo. Ao entrar no país existe um limite , uma espécie de franquia de componentes , por ser estrangeira , como por exemplo , de uma única câmera fotográfica , mas eu tinha 3 , um inclusive , só para gravar vídeos (para evitar problema de apagar fotos , quando gravados vídeos no mesmo cartão de memória , como já me aconteceu antes) !!! Porém , como julguei que o conjunto de meu equipamento era muito rudimentar , nem era câmera profissional , cheia de requinte , ignorei a restrição e entrei na Bolívia sem declarar nada.
Teria de pagar mais taxas sobressalentes , além dos 25 USD pelo uso do aeroporto. Na ida , consegui embarcar com minha mochila.
Não consegui dormir
nada !!!
Troquei dólares por bolivianos , no aeroporto:
1 x 6,80 BS
Ou seja , pagam , 6.80 bolivianos por cada dólar.
De manhã e embaixo de chuva , fui para o centro , num microonibus de 5 Bs. Centro de Informações Turística , que eu já havia lido , existia no Viru-Viru. Mas estava fechado e até às 09:30 hs , ninguém havia aparecido para atender.
Você poderá ir de táxi e o mesmo trajeto custa 50 Bs.O ponto final é no Aeroporto de Trompillo , bem no centro da cidade , porém só para voos domésticos.Chovia muito e muito e a cidade estava , em parte , alagada , já das estradas principais.
Levei uns 20 minutos andando até encontrá-lo.Coloquei o casaco de material impermeável sobre a cabeça e mochila e fui procurar o hostel Jodanga da International Hostelling (HI).
Espero passar bem o s 30 dias que pretendo aqui , na Bolívia , realizando os passeios programados. Do Viru-Viru ao Trompillo , a viagem dura uns 40 minutos.
Paguei o Jodanga , já no check in , 136 Bs.
Necessário ter a moeda local para pagar o alojamento.
Deixei a mochila grande após o check-in e fui andar. Conheci o Grande Parque Urbano , meio alagado e claro , por isso vazio.
Evitar sempre encharcar os pés , com as botas , o único calçado que eu trouxe. Junto a uma Av. BRASIL , os transeuntes , com as vias alagadas , improvisaram e atravessavam , aos pulos , em pedras e paralelepípedos , até chegar ao outro lado.


É que bem na frente da BIMODAL , este artifício de ir lá frente e atravessar não era possível , nem garantido.

O bom e velho jeito de colocar os blocos de pedra a cada 0,50 metros , dava mais certo. Dai uma grande fila se formava , ora num sentido , ora no outro.Fui até o conhecido por viajantes , terminal BIMODAL. Tudo aqui parecia um pântano , de tão cheio d'água. às vezes , tinha de ir lá na frente para ter chance de pular um destes pequenos córregos de água de chuva.
Quando chegou minha vez , já completando a travessia , quase quebrei o pé ... ah , maneira boliviana (e brasileira , também) de lidar com chuvas torrenciais...O que passava ali não era um córrego e sim , quase um rio inteiro para pular , não tinha jeito ... era arriscar ou arriscar.
Vi lojinhas com produto de COCA , a COCA SOCIAL (uma rede em toda a Bolívia)
como pastilhas e caramelos. Talvez eu compre algo , mas prefiro o chá cujos efeitos já conheço desde a ida ao PERU , oito anos atrás.
Vi os horários e valores de passagens rodoviárias de Santa Cruz à Sucre. Ao voltar ao hostel , a chuva já havia passado ... que bom !! Acessei internet e mandei notícias da minha chegada tranquila à Pachamama. Fui ao Estádio TAHUICHI , o principal de Santa Cruz de La Sierra. Como não havia dormido no aeroporto e passei a noite em claro , fui me deitar mais cedo.


Santa Cruz , 13 de janeiro de 2012. Sexta-Feira.

De manhã visitei o Estádio do Real de Santa Cruz , clube pequeno , que fica mais próximo do hostel que o Tahuichi...
Fui ao centro da cidade à tarde , conhecer a maravilhosa catedral e sua praça 24 de Setembro , a principal da cidade. Muitos "cholos e cholas" ...
Ir lá , caminhando , é meio estranho pois parece que as ruas são vazias.
A Catedral é bem bonita , de cor de barro avermelhado por fora , branquinha com detalhes em madeira (por dentro).
Tem o anexo , Museu de Arte Sacra , mas não curto muito e não visitei.
Troquei 100 UDS numa casa de câmbio (Espanha) com cotação melhor do que a do aeroporto. Deu 690 Bs.
Mas noites em que fiquei no Jodanga Hostel (e foram duas) , jantei o bom e velho macarrão instantâneo. Porém a boa estrutura da cozinha
permitiria a elaboração de pratos mais requintados e elaborados , mas fiquei satisfeita.
Ah ... a marca de sorvetes popular daqui é a OKAY , mas há também a DELIZIA e a CABRERA !!!Na volta passei num supermercado chamado FIDALGA e comprei chá de COCA , aquele em saquinhos para fazer infusão ... preciso me preparar pois vou começar a subir para o altiplano , em breve. Comprei uma guloseima à base de queijo ... deliciosa !!!

Santa Cruz de La Sierra , 14 de janeiro de 2012. Sábado.

Fiz o check-out e me dirigi ao Terminal BIMODAL a fim de comprar a passagem de ônibus para Sucre.
Comprada a passagem , voltei para o Jodanga.Comprei por 80BS , um ônibus semi-leito , para viajar durante à noite/madrugada , com partida para às 15:00 Hs. A Empresa é a ORURO. Devemos chegar lá às 05:00 Hs da manhã. Vou pegar o primeiro horário de saída , a primeira "flota" , que quer dizer o mesmo de primeiro ônibus. Não havia mais lugar na segunda "flota". Disseram que a viagem duraria 10 horas mas foi num total de 14 horas.
Poderia ficar lá o tempo que quisesse
, aguardando a hora de sair da cidade.
Tive ram uns brasileiros que fizeram check-out às 11:00Hs da manhã e ficaram lá o dia inteiro, na piscina e ainda participaram de um churrasco promovido pela administração do hostel ... o voo deles é o mesmo do meu e só sairia às 03:40 Hs da madrugada , ou seja , do dia seguinte.
Era só pegar um taxi a meia-noite , meia-noite e meia e tudo estaria nos conformes.Uma conta meio
estranha , não ???
Ao voltar , então , fiz o chá de folhas de COCA e enchi a minha garrafinha , garantindo 0,5 litros de energético para beber

Cheguei à BIMODAL e fiquei fazendo hora. Pediram para chegar às 14:30Hs.
durante a longa viagem. Fiquei na internet por 1 hora e meia e me despedi do pessoal do hostel.
Cheguei às 14:45 Hs.
Daí disseram que o ônibus sairia às 15:30Hs ... melhor , um pouco mais tarde.
Depois falaram que a "primera flota" sairia às 16:00 Hs. Menos mal , era o horário que eu queria inicialmente ... vou
chegar às 08:00 Hs , à Sucre .... ótimo !!!

Só não precisava ter chegado tão cedo à rodoviária ... e enfrentei uma "lua" de uns 40 graus !!!
Melhor chegar cedo , que atrasar ou chegar no afobamento , né ???
Não despachei a mochila ... eu até a dobrei , pois não tinha quase nada dentro , para parecer menor , eles nem ligaram ... que bom !!
Descobri que na hora de embarcar (e só nesta hora) , se cobra uma taxa ... a do uso do terminal ... mesmo quando você paga para usar o banheiro público ou compre água por não haver bebedouro. Tem um guichê (Derechos de Los Andenes) e , por 3 Bs , você recebe um papelzinho amarelo que deve estar sempre junto da sua passagem (bilhete).
Algo como pagar por estar na sombra deste prédio público , poder sentar-se nos bancos , usar de maneira geral o espaço do terminal. É muito estranho pois no Brasil , nunca vi isso.
Até porque nada dentro do BIMODAL é de graça , nem internet (4Bs a hora) e o

Comprei o tal papel amarelo. Crianças pequenas
ficas pedindo dinheiro junto aos caixas , um trocado qualquer. banheiro (1,30 Bs) , sem considerar adquirir papel higiênico , que é cobrado à parte !!!
Entrei no espaço de embarque.

Aquele tumulto.
Até porque os bolivianos adoram se sentar no chão , mesmo tendo bancos. E esticam aquela manta e montam um barraco , com famílias inteiras , no caminho. Parecem árabes , neste sentido !!!
É manta no chão , bolsa , mala , pacotes e suas crianças. O nosso ônibus devia estar parado a três séculos seguidos sob o sol ... que calor infernal , que eu nunca senti antes , pensei que fosse desintegrar , nunca senti um calor tão forte em espaço fechado !! Sem brincadeira !!!
Aquilo ali não tinha menos de 50 graus.
Para variar , o meu assento estava com a janela travada , não abria de jeito nenhum.
Ah ... acho que vou vomitar mesmo sem antes de sentir os efeitos da altitude. Torcendo , claro , para o ônibus sair logo e deixar a ventilação de outras janelas circular !!! A senhora que se sentou do meu lado , viajava com suas duas filhas. Ela era bem falante , parecia uma tagarela sem fim e como eu acabei dando confiança , já viu , né ??
O pior é que ela não conseguia falar sem encostar na gente. Só no cutuque !!! No começo da viagem , aquele braço suado ficava colando ... aquele calor todo !!
Que nervoso. Ela era muito simpática , porém.
Disse que eu tomasse muito cuidado ao chegar em La Paz , pois a violência contra todos e , em especial aos turistas , era um fato.
Fizemos uma parada , ao anoitecer , num tal Restaurante La Curva. Tinha até foto do "CHE" na parede. Ele é muito amado , respeitado e considerado santo por lá ... isso já era perto de SAMAIPATA , por onde ele e outros guerrilheiros passaram. Uma fila para usar "el baño" ... claro que pago , pois ônibus com banheiro na Bolívia é algo raro ... eu mesma , nunca vi ... só ouvi falar que existem alguns. As "cholitas" foram para um lado e eu
acompanhei-as de longe. Elas , na verdade , fazem xixi em qualquer lugar , junto a bueiros , qualquer hora do dia , independente de ter alguém perto ou não. Eu já vi. É cultural.
Mas a fila do restaurante La Curva era gigantesca para os 20minutos de parada proposto pelo motorista. Deixei a liberdade de um estado natural tomar conta de mim ... Rs rs rs.
Quando voltamos para a estrada o clima já estava mais fresco.
Passamos , então , por SAMAIPATA , já era noite , mas eu reconheci (???) , prontamente , embora tudo estivesse escuro e eu nunca tivesse passado por lá.
Passamos pelo seu forte , que não daria tempo de visitar nesta viagem (eu acho).
Dai tentamos todos dormir um pouco ... melhor não dar muita atenção à estrada , ou aí não se dorme mesmo. Esta estrada deixou de ser de asfalto e passou a ser de terra , com uma
montanha de um lado e um abismo de outro ... na primeira parte fiquei no lado na montanha , na segunda , fiquei na parte do abismo.
Às vezes alguém descia do ônibus e corria lá na frente , com o nosso ônibus parado , para verificar se vinha algum veículo em sentido contrário ...
ai seguia a viagem.

Ao amanhecer , vi o ônibus seguir uma estrada ao lado leito (gigantesco) de um rio que estava seco.


Foram quilômetros e quilômetros com a mesma visão do rio sem água. Muito bonito até !!
Lugares muito simples , às vezes , reunidos em casas. Praticamente , sem qualquer comércio como costumamos conhecer. A vida rural boliviana , colorida como eu sempre imaginei. Muita placa de : EVO CUMPLI !!!
Ou : EVO PRESIDENTE !!! Gente muito , muito humilde , às vezes entrava no ônibus para vender sorvete , salgado , gelatina , bebida , etc. Chegamos à SUCRE por volta das 07:30 Hs da manhã. A viagem foi tranquila e , embora o ônibus não tivesse ar condicionado (por causa do forte calor) ou conservação que é fiscalizada nos transportes do Brasil , não trepidava tanto e deu até para tira um soninho mais pro final desta viagem. parado para , numa grande curva , verificar se havia outro veículo em sentido contrário. E tudo em meio a uma imensa escuridão pois parecia noite sem luar... a lua não era cheia. Depois o ônibus fez outra parada no meio do nada , só com sua própria iluminação e deveria descer quem queria "tirar água do joelho". Aquilo que li num relato de viajante , se configurou neste trajeto ,dois garotinhos dormiam no passeio / corredor do ônibus e para descer , as pessoas passavam por cima deles , com cuidado para não pisar neles e não machucá-los. Os homens mijam logo junto do ônibus e as mulheres , em
grupo , se afastavam um pouco mais. Agora não tem mais árvores para se esconder /proteger ... só montanhas de terra .

Santa Cruz de La Sierra , 08 de fevereiro de 2012. Quarta-feira.

Depois de conhecer Sucre , Potosi , Uyuni ,
Oruro , la Paz , Copacabana e Cochabamba , voltei à Santa Cruz de onde partiu meu voo para o Rio de Janeiro , no Brasil ... dai conheci mais algumas coisas !!

O Museu Histórico da cidade conta com um acervo pertinente a história mais recente da cidade , da colonização e independência para cá , e também com material de civilizações anteriores à ocupação européia .
Passei pela linda Igreja de La Merced , toda em tijolinho avermelhado, que está interditada por obras de restauração.
Ah ... com o calor , típico de Santa Cruz , ao invés de tomar aqueles picolés e sorvetes , nas carrocinhas , nas praças , encarei um copinho no restaurante TOBY , considerado o McDonalds boliviano.

Fiquei num hostel numa parte mais central da cidade (dentro do primeiro anel) ... é que Santa Cruz , assim como outras grandes cidades , parece uma "cebola" vista num mapa , com as vias circundantes organizadas à partir do centro. Me alojei próximo ao antigo terminal rodoviário da cidade , hoje substituído pelo terminal duplo , o BIMODAL , que é rodoviário e ferroviário. E os endereços em Santa Cruz (direcciòn) são informadas com a localização no anel , primeiro , segundo terceiro e assim por diante. O Jodanga ficava no segundo anel , já indo para o terceiro.É que o MacDonalds tradicional tinha lojas na Bolívia (me disseram 40 franquias) mas que não tinha público , não dava vazão , daí eles resolveram deixar o país.



Uma espécie de 'abadá' bopliviano para o Carnaval que se aproxima !!

Aeroporto de Trompillo , no centro de Santa Cruz de La Sierra ... só para voos nacionais !!

Telefone público en forma de coruja ... tem também de Tucano , João de Barro , Dinossauro ...

É só escolher o melhor destino ...

Museu de História Nacional ... em Santa Cruz de La Sierra !!!

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