É um dos elementos que mais se destacam no célebre panorama do Golfo de Nápoles, localizando-se no ilhéu de Megáride.
O seu nome deriva de uma antiga lenda, segundo a qual o poeta latino Virgílio - que na Idade Média também era considerado como um mago - escondeu no segredo do edifício um ovo mágico que manteria em pé toda a fortaleza. A sua quebra provocaria não só o colapso do castelo, mas também uma série de ruinosas catástrofes na cidade de Nápoles.O castelo surge em Megáride, uma ilha de tufo (em grego , Megaris), extensão natural do monte Echia, a qual estava unida à terra firme por um istmo rochoso. Pensa-se que tenha sido aquele o ponto de desembarque dos cumanos, os quais, logo no século VII a.C.,
fundariam o primeiro núcleo de Palepoli, a futura Nápoles.
Os primeiros assentamentos datam, portanto, dessa época.
Já no fim do século V, instalaram-se na ilhota monges basilianos, chamados da Panónia por uma matrona Bárbara, com as relíquias do Abade Severino. Alojados inicialmente em celas dispersas (chamadas de romitori basiliani), os monges adotaram no século VII a Regra de São Bento e criaram um importante escritório (scriptorium), tendo provavelmente à disposição tudo o que restava da biblioteca luculana. O complexo conventual foi, porém, arrasado no início do século X pelos Duques de Nápoles, para evitar que aqui se fortificassem os sarracenos, usando-o como base para a invasão da cidade, enquanto os monges se retiravam para a colina de Pizzofalcone.
Todavia, num documento de 1128 vem novamente citada uma fortificação, denominada Arx Sancti Salvatoris pela igreja que aqui haviam construído os monges.
Rogério o Normando, tendo conquistado Nápoles em 1140 fez do Castelo do Ovo a sua própria sede e, com os normandos, iniciou um programa de fortificação sistemático do sitio, que teve na Torre Normandia o seu primeiro baluarte, sendo ali que drapejavam as bandeiras.
Com a passagem do reino aos suevos, através de Costanza d'Altavilla, o Castelo do Ovo foi posteriormente fortificado, em 1222, por Frederico II, Sacro Imperador Romano-Germânico, que fez dele a sede do tesouro real e mandou construir outras torres - a Torre de Culeville, a Torre Mestra e a Torre do Meio.
Depois do evento sísmico que em 1370 havia feito desmoronar o arco natural que constituía o istmo, a Rainha Joana fê-lo reconstruir em alvenaria, restaurando também os edifícios normandos. Depois de ter habitado o castelo coo soberana, a rainha foi aqui aprisionada pelo seu infiel primo Carlos de Durazzo, antes de acabar exilada em Muro Lugano
Em 1503, o cerco de Fernando o Católico demoliu definitivamente o que restava das torres. O castelo foi, então, mais uma vez reestruturado massivamente, assumindo a forma que apresenta atualmente. Mudados os sistemas de armamento - das armas de lanço e de jacto às bombardas - foram reconstruídas as torres octogonais, espessadas as muralhas, e as estruturas defensivas deixaram de ser orientadas para o mar e passaram a sê-lo para terra.
Golfo de Nápoles, com o Vulcão Vesúvio, ao fundo !!
Eu estive lá em outubro de 2015 !!
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