Saimos do hostel às 08:00 hs.
A tolerância era de chegar até 08:15 hs para embarcar , porém o barco atrasou e só saiu às 08:51 hs.
O passeio até a Ilha do Sol , numa manhã ensolarada , não preciso dizer , foi lindo.
Na foto que segue , o momento do embarque dos turistas na lancha. Assim que entrei na lancha , fui me assentar lá na frente , junto aos coletes salva-vidas , que reparei , são em número insuficiente para o número de pessoas embarcadas ... ah , vou relaxar , a adrenalina faz parte da aventura !
Qualquer coisa , e no caso de uma eventualidade , é só agarrar o pneu que está amarrado , ao lado da embarcação ...
A viagem é bem agradável e podemos ver os contornos de Copacabana , a praia e os Morros do Observatório e Calvário.
Diversas ilhas ao longo do percurso , entre elas a majestosa Ilha da Lua , foto ao lado , que não fará parte desta excursão.
Na foto que segue , ainda do barco , a proximidade com a mística e sagrada Ilha do Sol.
O barco pára primeiro , no porto sul , na comunidade de YUMANI (foto abaixo à direita) e , depois , vai até o porto norte onde está o "poblado" de Chalapampa.
Ainda existe uma terceira e importante comunidade na ilha do Sol , a Challa , que não tem porto e por isso explora menos o turismo na região. Mas como a Trilha Inca passa por sua área , eles cobram uma forma de pedágio aos transeuntes.
Bom , mas é de Chalapampa , com o porto na foto acima , que se inicia a Trilha Inca , à partir do sítio arqueológico.
Descemos no porto norte e compramos o ingresso para o Museo Del Oro , que quase não guarda mais o ouro , por segurança. É um espaço simbólico da cultura que ali , existiu.
O Museu do Ouro é muito pequeno , tem objetos que foram encontrados , na maioria dos casos , no fundo do lago , entre as três ilhas sagradas , que formam um triângulo .
E muita coisa do acervo , também já se perdeu com o tempo. Tem material encontrado de povos , em muito tempo , anteriores ao período inca.
Um exemplo é o acervo oriundo de Tihuanaku , que tem um sítio arqueológico nos arredores de La Paz , caracterizado como o principal espaço arqueológico de toda a Bolívia. Muito mal conservado , o que é uma pena!!
O guia explica que o acervo original era rico em ouro , dai o nome do museu , mas que hoje , de ouro mesmo , ele só tem o nome. A entrada para este museu e para o sítio arqueológico custa 10 Bs.
Um senhor , logo no porto , se apresentou para ser o nosso guia , o guia do grupo daquele barco , o Sr. Calixto , na foto acima , à direita.
Achei legal pois ele nasceu ali e nos daria preciosas informações sobre o local. Uma delas foi o uso da "COA" , uma erva nativa para aliviar o mal estar da altitude. Ele colheu alguns raminhos e distribuiu entre nós. Falou também de outras importantes culturas praticadas na ilha ... batata comum , batata doce , milho ...
Ele nos mostrou a "cara" de Viracocha , por exemplo , na rocha sagrada (La Roca Sagrada) , na foto abaixo.
Não é nada do outro mundo , mas seguindo as linhas , próprias da formação rochosa , no centro de um triângulo , você encontra um rosto mesmo.
Eu acho que , se não tivesse um guia , jamais encontraria esta oportunidade única.
Mas muita gente não quis ... e ele cobrou somente 10 Bs.
Mostrou-nos a Mesa Cerimonial , foto ao lado , usada para sacrifícios e oferendas aos deuses.
Depois fomos às ruínas dos templos onde as oferendas eram armazenadas e usadas quando se fazia necessário.
Contou a razão do nome TITICACA.
Disse que , em períodos pré-incaicos , o Lago TITICACA se chamava Mamacota , que significa o local de nascimento da civilização inca.Assim , eles todos , acreditam até hoje.
Acabada a apresentação do sítio arqueológico , o Sr. Calixto seguiu , com quem não iria encarar a trilha , para o porto norte.
A Trilha Inca , em si , é muito pesada , mas valeu. É como se você pudesse fazer um encontro consigo mesma.
O sol estava o tempo todo conosco e foi emplacável , num lugar onde não se encontram sombras.
Aliás , lí num cartaz na estação de trens de Uyuni , que é aconselhável , na Bolívia , durante o verão , o uso de filtro solar fator 50 ... e ainda roupas de manga longa , chapéu e óculos !!!
Eu estava com filtro solar ( na verdade , FSP 30 ) , chapéu e roupa de manga comprida ... ainda sim , criei bolhas de água num dos ombros , o que ficou do mais do lado do sol.
E como ardeu à noite e no dia seguinte !!
Fizemos uma ou outra parada para recuperar o fôlego , pois em alguns pontos , chegávamos a altura de 4.000 metros acima do nível do mar.
Não há mesmo , lugar para se proteger do sol , em todo o caminho percorrido da trilha.
Mariana começou a dar os primeiros sinais de fadiga ... o pior ainda iria acontecer !!
Mas mesmo com toda a penitência , os bolivianos não pedem a oportunidade de angariar mais uns trocados.
Em alguns pontos , tem alguém cobrando uma espécie de pedágio (5Bs) , para que você siga adiante.
Na foto ao lado , o pedágio na bilheteria de Challa.
Num destes pontos , por exemplo , do ponto onde se embarca para voltar ao continente , você paga os 5 Bs , só para entrar na comunidade Yumani e chegar ao barco.
Conclusão: não conseguimos visitar a Fonte Inca da Juventude , ou simplesmente Fonte Inca.
Na foto que segue , o Porto Sul , da comunidade de Yumani.
E ainda quase perdemos o barco até arriscando pagar mais para o "carinha" do comando , esperar uns cinco ou dez minutos a mais , até a garota nos alcançar.
Só haveria barca para o continente , no dia seguinte , à partir das 13:00 hs.
Ao chegar à Copacabana , a festa estava à toda.
Gravei uma parte dos desfiles.
Fotografei alguns trajes de festa.
Farei uma postagem especial para estes festejos , viu?!?
Eles capricham mesmo ... Festa de Iemanjá (começou hoje , mas o dia mesmo é 2 de fevereiro) ... e eu joguei a ponta dos meus cabelos no espelho do Lago TITICACA , assim que fizemos o trajeto de volta da Ilha do Sol.
Mais fotos da Ilha do Sol:
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